"Há amor amigo, amor rebelde, amor antigo, amor de pele.
Há amor tão longe, amor distante, amor de olhos, amor de amante.
Há amor de Inverno, amor de Verão, amor que rouba como o ladrão.
Há amor passageiro amor não amado, amor que aparece, amor descartado.
Há amor despido, amor ausente, amor de corpo e sangue, bem quente.
Há amor adulto, amor pensado, amor sem insulto mas nunca, nunca tocado.
Há amor secreto de cheiro intenso, amor tão próximo, amor de incenso.
Há amor que mata, amor que mente… amor que nada, mas nada te faz contente? Me faz contente?
Há amor tão fraco, amor não sumido, amor de quarto que faz sentido.
Há amor eterno, sem nunca talvez.
Há amor tão certo, que acaba de vez.
Há amor de certezas que não terá dor.
Há amor que afinal, é amor sem amor.
O amor é tudo, tudo isto e nada disto, para tanta gente.
É acabar num amor igual e começar… um amor diferente…sempre, para sempre…para sempre."
(letra de uma música de autor que desconheço)
4 comentários:
Olá Margarida!
O tema é dos Donna Maria, pode ser ouvido aqui: http://donnamarialetras.blogspot.com/2005/08/
sempre-para-sempre.html
kiss
(o meu é de amoras bravas)
Tenho um amor
Que não posso confessar...
Mas posso chorar
Amor pecado, amor de amor,
Amor de mel, amor de flor,
Amor de fel, amor maior,
Amor amado!
Tenho un amor
Amor de dor, amor maior,
Amor chorado em tom menor
Em tom menor, maior o fado!
Choro a chorar
Tornando maior o mar
Não posso deixar de amar
O meu amor em pecado!
Foi andorinha
Que chegou na Primavera,
Eu era quem era!
Amor pecado, amor de amor,
Amor de mel, amor de flor,
Amor de fel, amor maior,
Amor amado!
Tenho um amor
Amor de dor, amor maior,
Amor chorado em tom menor
Em tom menor, maior o fado!
Choro a chorar
Tornando maior o mar
Não posso deixar de amar
O meu amor em pecado!
Fado maior
Cantado em tom de menor
Chorando o amor de dor
Dor d'um bem e mal amado!
Kátia Guerreiro
Podemos começar por falar de amor?
ALA: Se eu souber responder...
O título do seu novo romance, Eu Hei-de Amar Uma Pedra, nascendo embora de um canto popular, terá a ver, igualmente, com impossibilidades do amor?
ALA: Não sei russo, mas quando dizem que Pushkin empregava a palavra carne e sentia-se o gosto da palavra carne na boca, isso tem a ver com as palavras que se põem antes e depois. É a mesma coisa que amor. Os substantivos abstractos são perigosos.
Há uma personagem no livro, que, à quarta-feira, ao longo de décadas, vai, secretamente, a uma pensão da Graça, ama e ali morre...
ALA: Foi daí que o livro veio. Só mudei o sítio. Sempre me espantou essa extraordinária forma de amor. A sexualidade, sempre tão importante para mim - e continua a ser -, cada vez me parece mais vazia de sentido quando não há outro modo de diálogo e de encontro, embora seja muito difícil resistir ao desejo imediato.
Amor é algo mais?
ALA: A noção de amor varia de pessoa para pessoa. Muitas vezes estamos apaixonados ou estaremos agradecidos por gostarem de nós? Ou será que o outro é apenas alguém junto de quem nos sentimos menos sozinhos? Não sei bem o que é a verdade acerca do amor e duvido que haja quem saiba. Só tenho perguntas, não tenho respostas. Até que ponto o amor não é apenas a idealização de um outro e de nós mesmos?
Nunca é fácil salvar uma relação...
ALA: Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam. Não me preocupa muito. Preocupa-me em relação a mim mesmo, mas há grandes partes da minha vida que eliminei sem piedade. Não vou a jantares, não vou a lançamentos.
E não tem solidões?
ALA: Preciso e gosto de estar sozinho.
Entrevista de Maria Augusta Silva a António Lobo Antunes. Diário de Notícias: 09/11/04
também gosto MUITO da menina Katia a cantar, mas a letrinha "amor de mel, amor de fel" não é dela, é da Amália...
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