“Em todas as ruas te encontro, em todas as ruas te perco. Conheço tão bem o teu corpo... Sonhei tanto a tua figura, que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura...e bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura. Tanto, tão perto, tão real, que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento num corpo que já não é seu, num rio que desapareceu, onde um braço teu me procura. Em todas as ruas te encontro, em todas as ruas te perco”
Mário Cesariny
2 comentários:
E assim é o amor também:
Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento
Sophia de Mello Breyner Andresen
Lindo Luis!!!
E como diria Palomar (personagem de Italo Calvino)(agora adaptado por mim ao amor)...se o amor tem de acabar, podemos descrevê-lo, instante a instante - e a cada instante, ao ser descrito, dilata-se tanto que deixa de se lhe ver o fim...
Ao meu amor, ao teu amor, aos nossos amores!No fundo, é simplesmente ao AMOR.
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