11.5.07

verdes anos

era o amor / que chegava e partia / estamos os dois / era o calor / que arrefecia / sem antes nem depois / era o segredo / sem ninguém para ouvir / era o engano / e era o medo / a morte a rir / dos nossos verdes anos / no nosso sangue corria / o vento de sermos sós / mas se à noite era dia / e o dia acabava em nós

pnm://audio.misia-online.com/misiaonl/canto/10.rm
Letra: Pedro Tamen. Música: Carlos Paredes. Interpretação: Mísia.

agora esta valsa na lenta espiral / do baile de sombras em que às vezes danças / quando a noite cai e é de pedra e cal / no espelho vazio das minhas lembranças, / agora esta valsa no avesso dos dias, / na melancolia das suas oitavas, / repete de leve nas horas sombrias / as loucas palavras que me murmuravas / agora esta valsa quando te atravessas / nesta solidão envolta num xaile / lembra-me uma a uma as tuas promessas / na luz apagada deste fim de baile / qualquer valsa agora são passos em volta, / na vida sem rumo o adeus é cruel, / galopam as nuvens deixadas à solta, / ficou-me o deserto, ainda sabe a mel / vejo o teu vulto e é muito tarde / nesta distância sem regresso / talvez a vida me acobarde / se à tua ausência me confesso / nem saberei o que me espera / nem que rosário de amargura / nem se é inverno a primavera / nem se este amor se fez loucura / agora esta valsa na lenta espiral / do baile de sombras em que às vezes danças / quando a noite cai e é de pedra e cal / no espelho vazio das minhas lembranças, / qualquer valsa agora são passos em volta, / na vida sem rumo o adeus é cruel, / galopam as nuvens deixadas à solta, / ficou-me o deserto, ainda sabe a mel

pnm://audio.misia-online.com/misiaonl/canto/09.rm
Letra: Vasco Graça Moura. Músca: Artur & Carlos Paredes. Interpertação: Mísia.

3 comentários:

Anónimo disse...

Às vezes faz-nos tanta falta um abraço, um azul onde possamos ser finalmente livres!

Com os textos de Lobo Antunes abri a porta e encontrei estas mulheres, estas nuvens com pedaços de todos nós... não interessam os seus nomes e identidades, a grande questão aqui são os seus dramas, as suas psicoses... e momentos felizes.

Porque a alma feminina tem asas de gaivota e sabe voar!

Abraços para todas as nuvens do Senna, do RRRRRRRRRRRobert de Niro :)

Ana Margarida disse...

Que cada nuvem continue a existir indiferente aos desamores...porque um abraço, sim um abraço, eu acredito que um abraço está sempre prestes a chegar até nós!

Ana Margarida disse...

Tenho dentro do meu peito dois moinhos a moer, um anda outra desanda...e assim é o bem querer! Tenho dentro do meu peito um alambique de aguardente, para destilar as saudades, quando de ti estou ausente...